terça-feira, setembro 11, 2007

...



Não,
Não é vento.

Não,
Não é chuva.

A negridão da noite,
Não é a noite...
Não.

O que tu vês,
Dobrado em quatro,
A uma esquina
De esquecimento,
É só o vagabundo,
Que já não tem lamento,
Prà chuva –

Flúmen de lágrimas,
Correndo
Em líquido cristal.

E a chuva, é vento,
E o vento, é chuva –

Grito metamórfico,
Casulo, de vida sedento.

E a mentira foi concebida,
No ventre estéril, de uma puta,
Que se chama:

Sociedade fratricida.

Jorge Humberto
in Pensamentos Dantes e de Agora

Sem comentários: