brincar

"...o gato que brincava com a "janela" naquele parapeito era mais que um senhor das alturas e da liberdade, era capitão dos seus sonhos, fúria e rebeldia ajustados do seu modo mais perfeito e reguila.
Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem cortinados onde vejo para além delas o mundo onde me espelho, reparo ignoro. Nelas outrora já entraram sonhos e realidades sonhadas naqueles dias em que as insónias falam mais alto, por outro lado a um "escape" em cada parapeito (o mesmo onde guardava as brincadeiras) que faz a luz do sol entrar e escurecer a lua, tão minha amada como platónica na sua forma mais incoerente confesso. Estrelas essas vejo-as raramente e sinceramente quando aparecem a ilustrar o céu, são cadentes ou carentes!
A posição mágica faz a diferença nas coisas mais efémeras, ouvindo com serenidade as coisas mais agressivas e com atenção olho a reflexão..."


bocadinhos de papel podem não fazer um livro, mas dão para riscar :)